Ensino | | |
Pesquisa | | |
Outros | | |
Projetos | | |
Manual do Candidato ao MBE – Engenharia de Produção – edição 2013
1. Apresentação do Curso MBE em Engenharia de Produção
Este manual contém informações acerca do curso de Pós-Graduação Lato Sensu MBE em Engenharia de Produção – Edição 2013 ofertado pelo Departamento de Engenharia de Produção e Transportes (DEPROT) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O manual apresenta: (i) critérios para admissão e desempenho, (ii) a descrição do curso e seus objetivos, e (iii) os requisitos para aproveitamento dos créditos e ingresso no Mestrado Profissional.
O presente manual tem caráter informativo, sendo que alterações podem ocorrer a qualquer momento por orientação da Coordenação do DEPROT e/ou instâncias superiores.
O MBE requer um mínimo de 24 créditos (360 horas-aula) de disciplinas, sendo que estes podem ser integralmente aproveitados para o Mestrado Profissional. Para a obtenção do título de Pós-Graduação Lato Sensu é necessário que o aluno curse e seja aprovado (isto é, obtenha conceito C ou superior) em pelo menos oito disciplinas, e redija a monografia de conclusão do curso. Estudantes de Pós-Graduação Lato Sensu devem concluir a totalidade dos requisitos para conclusão do curso em um período de 15 meses. Não é permitido, segundo a legislação vigente na UFRGS, o trancamento desse nível de curso.
Os créditos obtidos no MBE poderão, mediante desempenho nas disciplinas (média B ou superior) e aprovação da Comissão Coordenadora do PPGEP/UFRGS, ser aproveitados para o Mestrado Profissional. O aluno cujos créditos forem aproveitados para Mestrado Profissional estará abrindo mão do título de Pós-Graduação Lato Sensu (a UFRGS não permite o aproveitamento dos mesmos créditos para a obtenção de dois diplomas distintos).
A prova de seleção ao MBE é a mesma do Mestrado Profissional e tem validade de dois (2) anos. Desta forma, o aluno de MBE que desejar pode submeter o seu desempenho para a seleção de Mestrado Profissional durante o período de validade dos resultados.
A secretaria do DEPROT situa-se à Av. Osvaldo Aranha, 99 / 5º andar, sala 504 - Porto Alegre, RS 90.035-190. Telefone (0xx51) 3316-3491; FAX (0xx51) 3316-4007; e-mail: secretaria@producao.ufrgs.br. A página eletrônica da Engenharia de Produção é www.producao.ufrgs.br. O e-mail da coordenadora do Curso MBE em Engenharia de Produção é tencaten@producao.ufrgs.br.
Nas seções seguintes desse Manual, são apresentadas as instruções para inscrição no curso, os requisitos da pós-graduação e as súmulas das disciplinas.
2. Critérios para Admissão
O processo seletivo para ingresso no MBE é o mesmo do Mestrado Acadêmico e do Mestrado Profissional e independe da área de concentração. Este processo é dividido em duas etapas. Na primeira etapa, é avaliado o desempenho do candidato nas provas de admissão (60% da nota final do processo). Os candidatos selecionados nessa etapa são convocados para uma entrevista (segunda etapa), através da home page do Programa. O candidato é entrevistado por docentes do PPGEP. O resultado da entrevista e da análise curricular (a qual é realizada internamente) compõem 40% da nota final do processo. O resultado da seleção é informado ao candidato, através da home page do Programa, aproximadamente uma semana após a realização das provas e entrevistas. O período de inscrição e as datas da realização da prova, das entrevistas e da divulgação dos aprovados estão apresentados na Figura 1.
ETAPA |
DIA |
HORA / LOCAL |
Inscrições |
24/01/13 a |
Home Page do programa |
Prova de admissão |
01/03/13 |
19:00h - 21h:15min. |
Divulgação da lista de candidatos selecionados para entrevista |
05/03/13 |
Home Page do programa |
Entrevista |
07/03/13 |
Manhã e tarde (horários serão agendados pela secretaria do Programa) |
Divulgação dos resultados |
08/03/13 |
Home page do programa |
Existem duas provas de admissão ao MBE. A primeira prova, de caráter objetivo, é dividida em três seções: analítica, quantitativa e verbal. A primeira seção avalia a habilidade do candidato no entendimento, análise e conclusão sobre argumentações lógicas. A segunda seção testa as habilidades do candidato nos princípios básicos de álgebra e matemática. A terceira seção avalia a habilidade de leitura e compreensão de textos na língua inglesa. A prova é composta por 40 questões de múltipla escolha de acordo com a Figura 2. A primeira prova tem duração de 75 minutos e deve ser realizada individualmente pelo candidato inscrito. Para a seção verbal é permitido o uso de dicionário de inglês/português (não é válido em formato digital). Não é permitido nenhum outro tipo de consulta externa, tão pouco o uso de calculadora, celulares ou qualquer aparelho eletrônico. A segunda prova, de caráter dissertativo, compreende a redação de texto com tema definido pelo PPGEP e informado ao candidato na hora da prova. A segunda prova tem duração de 60 minutos e é realizada na seqüência da primeira prova. Não são oferecidos cursos preparatórios para as provas. As questões da prova objetiva estão baseadas no Graduate Record Examination (GRE). A prova do GRE é utilizada como um dos critérios de seleção para as universidades americanas. Um modelo de prova objetiva de admissão para o Mestrado e exercícios propostos podem ser encontrados na Home Page do programa. Livros preparatórios para o GRE e exemplos de prova on line podem ser encontrados em livrarias e em sites na Internet, respectivamente.
Figura 2 - Descrição das Provas de admissão para o MBE
Etapa |
Parte |
Seção |
Composição da seção |
Quantidade |
Peso |
1a etapa |
Objetiva (40%) |
Analítica |
Raciocínio lógico e analítico |
15 |
15% |
Quantitativa |
(i) Comparações de grandezas (iii) Análise de gráficos |
15 |
15% | ||
Verbal |
Leitura e compreensão de |
10 |
10% | ||
Redação (20%) |
Redação de texto sobre tema apresentando ao candidato no momento da prova |
20% | |||
2a etapa |
Análise curricular |
20% | |||
Adequação e motivação |
20% |
Abaixo estão listadas características desejáveis em candidatos à pós-graduação. Estas características devem ser vistas como diretrizes subjetivas para avaliação dos candidatos, não compondo pré-requisitos para ingresso no curso: (i) bom desempenho na Graduação e em cursos de pós-graduação, (ii) conhecimentos da língua inglesa, e (iii) conhecimento básicos de informática.
2.2 Vagas para o curso de Especialização MBE
São ofertadas até 25 vagas que podem ser distribuídas conforme a Figura 3 – Número máximo de vagas para o MBE. Vagas não utilizadas em uma das áreas poderão ser alocadas para a outra área.
Figura 3 – Número máximo de vagas para o MBE
Área |
Vagas |
Produção/Qualidade |
8 |
Total de Vagas |
|
2.3 Investimento
O investimento necessário para o MBE consiste de:
Matrícula: R$ 1.300,00 (um mil e trezentos reais)
Parcelas mensais: 20 × R$ 1.300,00 (um mil e trezentos reais)
Alunos do MBE podem pleitear ingresso no Mestrado Profissional com aproveitamento dos créditos obtidos no curso. Para tanto, devem inscrever-se no processo seletivo ao Mestrado Profissional com a submissão dos resultados obtidos junto ao MBE (pontuação no processo seletivo e quantidade de créditos obtidos) dentro do prazo de validade da prova (dois anos). Para ingresso no Mestrado Profissional, é necessário que o aluno de MBE tenha cursado um mínimo de 24 créditos, com conceito médio B ou superior (isto é, para cada conceito C obtido o aluno deve alcançar um conceito A, em outra disciplina, para compor a média). Somente disciplinas nas quais o aluno obteve aprovação (isto é, conceito C ou superior) podem ser transferidas para o Mestrado Profissional. Uma vez ingressados no Mestrado Profissional, o aluno deve se conformar às regras daquela modalidade, disponíveis no Manual do Candidato divulgado no site da Produção.
4. Corpo Docente e Disciplinas do MBE
O currículo dos Professores pode ser consultado na plataforma Lattes do Conselho Nacional de Pesquisa – CNPq: www.cnpq.br
Disciplina |
Docente |
Titulação |
Instituição de Titulação |
Análise Gerencial de Custos |
Francisco José Kliemann Neto |
DO |
Inst. Nat.Polytechinique |
Confiabilidade e Manutenção |
José Luis Duarte Ribeiro |
DO |
UFRGS/BR |
Engenharia de Produto, QFD e FMEA |
Márcia Elisa Soares Echeveste |
DO |
PPGEP/UFRGS |
Gestão de Projetos |
Istefani Carísio de Paula |
DO |
PPGEP/UFRGS |
Pesquisa Operacional |
Flávio Sanson Fogliatto |
DO |
Rutgers/USA |
Planejamento e Controle da Produção |
Michel Jose Anzanello |
DO |
Rutgers/USA |
Projeto de Experimentos - DOE |
Carla Schwengber ten Caten |
DO |
PPGEP/UFRGS |
|
José Luis Duarte Ribeiro |
DO |
UFRGS/BR |
|
Tarcísio Abreu Saurin |
DO |
PPGEP/UFRGS |
5. Áreas e Projetos de Pesquisa
O Curso de MBE apresenta duas grandes áreas de concentração: Sistemas de Produção e Sistemas de Qualidade. A descrição dessas áreas e respectivas linhas e projetos de pesquisa vem dada a seguir.
5.1 Sistemas de Produção
Esta área tem a seu encargo aspectos ligados à Gerência de Produção e Ergonomia. Nos aspectos relacionados à Gerência da Produção, destacam-se a definição das estratégias, a organização, o planejamento, o controle e a programação da produção. Os principais objetivos são: (i) identificação e análise de sistemas produtivos, (ii) escolha de técnicas apropriadas para a solução dos problemas organizacionais e dos problemas de engenharia desses sistemas, (iii) aplicação dessas técnicas e, por conseguinte, (iv) melhoria da eficiência e eficácia desses sistemas. Com relação à Ergonomia, investigam-se aspectos relacionados à Ergonomia de Processo e Produto, Segurança e Organização do trabalho, entre outros. As linhas de pesquisa desta área são: (i) Gerência e Estratégias de Produção e (ii) Ergonomia e Segurança.
Os pesquisadores associados a esta área de concentração são:
▪ Cláudio José Müller
▪ Fernando Gonçalves Amaral
▪ Flávio Sanson Fogliatto
▪ Francisco José Kliemann Neto
▪ Michel José Anzanello
▪ Ricardo Augusto Cassel
▪ Tarcisio Abreu Saurin
5.2 Sistemas da Qualidade
Esta área se preocupa com a aplicação de métodos gerenciais e métodos de engenharia voltados para a garantia da qualidade. Os objetivos principais são o diagnóstico, monitoramento e otimização da qualidade de produtos, processos ou serviços. Técnicas de gestão da qualidade permitem estabelecer diretrizes gerais para a melhoria e o desenvolvimento das organizações. Técnicas de engenharia da qualidade baseiam-se em desenvolvimentos matemáticos e estatísticos dirigidos à melhoria da qualidade de produtos e processos. Técnicas da Confiabilidade podem ser aplicadas a produtos ou equipamentos e visam avaliar e estender a vida útil destes itens. As linhas de pesquisa dessa área são: (i) Qualidade e Desenvolvimento de Produtos e Processos, e (ii) Gestão da Qualidade e Serviços. Os pesquisadores associados a esta área de concentração são:
▪ Ângela de Moura Ferreira Danilevicz
▪ Carla Schwengber ten Caten
▪ Cláudia Medianeira Cruz Rodriguez
▪ José Luis Duarte Ribeiro
▪ Liane Werner
▪ Michel José Anzanello
6. Ementas das Disciplinas por Ênfase
ANÁLISE GERENCIAL DE CUSTOS: Discussão da utilização das informações de custos para o planejamento e controle empresariais para o apoio às decisões e ações empresariais. Temas: Histórico e problemática de custeio; Conceitos básicos; Filosofias/Princípios de custeio (Absorção Total; Absorção Parcial; Custeio Variável); Análise CVL (Custo-volume-lucro); Métodos tradicionais de custeio (Custo-padrão; Centros de Custos); Métodos modernos de custeio (ABC – activity-based costing; UEP - unidades de esforço de produção); Aplicações da informação de custos em decisões estratégicas e operacionais.
CONFIABILIDADE E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL: Introdução à Confiabilidade. Discussão da Confiabilidade dentro do contexto da qualidade total. Objetivos das áreas de Confiabilidade e Manutenibilidade. A função confiabilidade e a função de risco. Estimativas de parâmetros para amostras completas ou censuradas. O método dos momentos e o método da verossimilhança máxima. Confiabilidade de sistemas: sistemas em série, paralelo e mistos. Sistemas complexos. Métodos cut-set e tie-set. Testes acelerados de sobrevida: modelos paramétricos e modelos físicos. Modelos de garantia. Análise de Modos e Efeitos de Falha - FMEA. Análise de árvores de falha. Sistemas de Gestão da Manutenção: Manutenção Produtiva Total - MPT; Manutenção Centrada em Confiabilidade - MCC.
ENGENHARIA DE PRODUTO, QFD E FMEA: Ferramentas de engenharia de qualidade aplicadas ao Processo de Desenvolvimento de Produto. Análise Morfológica, técnicas estatísticas, noções de analise de demanda, QFD, FMEA. Matriz de Pugh. Encademanento das ferramentas de qualidade e ferramentas estatísticas nas diversas fases do PDP. Localização, entendimento e interpretação do uso de ferramentas e técnicas.
GESTÃO DE PROJETOS: A organização empresarial e a gestão de projetos. Planejamento de projeto. Áreas de conhecimento da gestão de projetos, incluindo Gestão do risco, Gestão do tempo, Gestão de equipes e outras. Apropriação de custos durante a execução do projeto. Controle de projeto. Plataformas computacionais de acompanhamento de projeto.
PESQUISA OPERACIONAL: A abordagem e as técnicas da Pesquisa Operacional. Modelagem Matemática. Introdução aos métodos matemáticos como elementos auxiliares no processo de tomada de decisão e análise dos problemas da empresa. Programação linear: formulação e interpretação gráfica. O algoritmo Simplex. Modelos de redes. Solução de problemas com utilização do computador. O Processo Analítico Hierárquico.
PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO: O curso oferece uma visão global da área de Produção, detalhando as atividades relacionadas com a Programação, Planejamento e Controle da Produção (PPCP). A disciplina apresenta em profundidade algumas técnicas consagradas de Planejamento e Controle da Produção: Gestão de Estoques, Estudos de layout, Previsão de demanda, Gestão da Capacidade, Programação de tarefas e MRP (Material Requirements Planning).
PROJETO DE EXPERIMENTOS – DOE: Introdução ao planejamento de experimentos. A vantagem competitiva do uso de projeto de experimentos. Terminologia. One-way Anova. Two-way Anova. Multifactor Anova. Projetos com fatores aninhados. Screening designs. Experimentos confundidos em blocos, experimentos fracionados. Análise de variância e análises gráficas.Regressão Múltipla. Otimização e tomada de decisão. Técnicas para se obter simultaneamente melhorias de qualidade e redução de custos.
SISTEMA DE PRODUÇÃO ENXUTA: As bases da organização da produção (produção artesanal, taylorismo-fordismo); origens e princípios básicos do Sistema Toyota de Produção (STP); mecanismo da função produção: conceito de processos e operações; conceito e classificação de perdas; troca rápida de ferramentas; conceitos e técnicas de produção puxada; controle da qualidade zero defeitos; autonomação; manutenção produtiva total; nivelamento da produção; padronização de operações; gerenciamento visual; melhoria contínua; impacto da produção enxuta sobre as condições de trabalho; cultura organizacional enxuta; mapeamento do fluxo de valor.
7. Calendário
O calendário será divulgado no momento da matrícula. As aulas ocorrerão em 24 finais de semana, sendo as sextas-feiras das 14h:00min às 22h:00 e aos sábados das 8h:00min às 12h:00min.
§ Previsão de início das aulas: 15/03/2013.
§ Previsão de término das aulas: 07/12/2013.
Especialização |
|||||||||||||
|