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Dissertação Mestrado Profissionalizante em Engenharia
Experiências e vivências de portadores de fibromialgia com dor crônica e suas estratégias de enfrentamento.

Autores: Roni Cesar Rech Silveira
Orientador: Maria da Graça Corrêa Jacques

Resumo:

A dor crônica contínua ou recorrente impõe ao portador, à sua família e à sociedade graves tensões emocionais, físicas, econômicas e sociais. Restringe a capacidade para as atividades familiares e laborais, bem como à participação em sociedade. Pode oportunizar o surgimento de novas formas de adoecimento do indivíduo e mesmo não bem caracterizado, pode gerar limitação e sofrimento relacionados ao trabalho. A fibromialgia apresenta quadro clínico doloroso crônico e se inscreve como uma patologia onde não existem provas analíticas, ou imagens para estabelecimento diagnóstico. A invisibilidade dos sintomas, por não haver demonstração orgânica no corpo físico, pode levar a incompreensão do adoecimento. Apoiados em experiências e vivências, podem seus portadores alterar rotinas e reorientar ações para desempenharem suas atividades. O presente estudo objetiva identificar as experiências e vivências dos portadores de dor crônica, no caso, portadores de fibromialgia. Visa reconhecer as estratégias de enfrentamento utilizadas, assim como, compreender como a dor e o adoecimento são incorporados ao cotidiano de vida e de trabalho, em uma patologia que não é reconhecida como associada ao trabalho. As implicações da fibromialgia no cotidiano de vida e de trabalho é que relaciona a ergonomia à dor crônica pois a ergonomia visa compreender o contexto onde um fenômeno ocorre, para poder transformá-lo. Por meio de um estudo de caráter qualitativo realizaram-se oito entrevistas gravadas que foram transcritas e submetidas à apreciação pelo método de análise de conteúdo. Constatou-se que os portadores de fibromialgia não experenciam somente a sensação dolorosa mas vivenciam a frustração de não serem compreendidos; procuraram conviver com a dor, minimizando as seqüelas impostas, porém este comportamento pode permitir que a doença avance. As limitações sofridas associadas à incerteza em relação ao futuro podem levar a consciência de sua fraqueza e ao sentimento de impotência diante do adoecimento. A falta de compreensão diante do não reconhecimento da dor e dos sofrimentos vivenciados, pode conduzir o portador a se isolar das relações suportes. A dor pode interferir na produção e na qualidade do trabalho mas mesmo assim seus relatos podem não ser compreendidos e valorizados. Reafirma-se a complexidade das dores crônicas, associadas à necessidade de sua visibilização e compreensão, prevenindo as repercussões psicosociais como o afastamento do trabalho e orientando intervenções que minimizem o sofrimento experenciado.


 

Arquivo para download:
roni_c_r_silveira.pdf

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